Os monumentos dedicados aos bandeirantes são o alvo privilegiado dos confrontos ativistas no Estado e na cidade de São Paulo. Apesar da historiografia contemporânea ser rica em estudos críticos que esmiuçam sua associação com a escravização e genocídio dos indígenas, eles estão presentes não só em monumentos, mas em um complexo de ruas e estradas que compõem uma rede imaginária de sua presença no tecido urbano paulistano e paulista.
É essa rede imaginária que faz dos monumentos uma espécie de arquivo distribuído da narrativa histórica do establishment, consagrando no espaço urbano aquilo que foi considerado memorável e promovendo uma determinada imagem pública da cidade. Discutir o seu significado, contestá-los, expandi-los é, portanto, reivindicar o direito à memória no espaço público e disputar o direito de ocupá-lo.
1- Ensacamento (Grupo 3Nós3, 1979);
2 – Rodovia dos Bandeirantes
3 – Identidade visual da Prefeitura de São Paulo (1989-1992);
4 – Protestos contra o processo de impeachment da Presidenta Dilma Roussef, 2015
5 – @grupodeacao (2020);
6 – Escola Estadual Fernão Dias (foto @andreturazzi, 2016);
7 – Palácio dos Bandeirantes (sede do governo do Estado de São Paulo);