Realizado desde janeiro de 2021, demonumenta envolveu duas etapas: um ciclo preparatório com especialistas nacionais e internacionais (janeiro a março) dedicado a discutir novas abordagens (teóricas e de intervenção no patrimônio) e o trabalho em grupos temáticos responsáveis pela produção dos conteúdos da plataforma, desde sua identidade visual até a modelagem tridimensional dos monumentos e patrimônios relacionados ao projeto, análises críticas e verbetes desse conjunto, além de análises com recursos de Inteligência Artificial do acervo do Museu Paulista. Objetiva-se, assim, contribuir com a elaboração de propostas que permitam tensionar crítica e criativamente políticas públicas de memória. É, ainda, questão central deste projeto, pensar a descolonização, operando também a crítica do software.
Esse conjunto de ações propõe, a partir da discussão do patrimônio histórico, uma lógica coletiva de produção do conhecimento em diálogo constante com o público.
Ao envolver alunos da FAUUSP, em interlocução com pesquisadores do GAIA/ C4AI – INOVA USP e do MIT Documentary Lab, demonumenta une o campo das humanidades e da tecnologia, contribuindo para mudanças decisivas no campo da memória cultural, pois a encara como conhecimento atuante no presente, incluindo o atual contexto tecnológico.
É também uma contribuição para que a tecnologia atual seja utilizada de maneira crítica e democrática na reocupação do Museu Paulista (previsto para ser reaberto em 2022 nas comemorações de 200 anos da Independência do Brasil) e nos processos globais de contestações de monumentos públicos, como nas recentes intervenções no Monumento às Bandeiras, em São Paulo, e nos protestos contra o assassinato de George Floyd nos EUA.