Apresentação

No mundo todo, os monumentos estão sob contestação. O processo não começou agora, mas foi catalisado pelos protestos pelo assassinato de George Floyd. Na cidade de São Paulo, uma série de monumentos vêm sendo questionados de várias formas por grupos e movimentos sociais. Os casos mais radicais são os relacionados aos bandeirantes, alvo de protestos que denunciam seu papel como escravizadores, propagadores de doenças e violadores de territórios indígenas.

O embate público com os lugares de memória oficiais não diz respeito apenas aos monumentos, mas também ao patrimônio arquitetônico e peças-chave dos acervos históricos do Estado de S. Paulo, como a Pinacoteca e o Museu Paulista.

demonumenta propõe um debate sobre a colonialidade embarcada nas instituições e acervos públicos, por meio de uma plataforma desenvolvida por alunos e docentes da FAUUSP, em colaboração com outras instituições e centros de pesquisa, como o C4AI – Inova USP, o CITI – USP,  o Museu Paulista da USP, o  MIT Open Documentary Lab e o PISA e co-realização da Pró Reitoria de Cultura e Extensão da USP.

Em sua primeira fase o projeto contempla monumentos e patrimônios arquitetônicos incômodos relacionados às comemorações da Independência do Brasil e à Semana de Arte Moderna de 1922 e suas reverberações em 1932, 1954 e 1972.

Neste espaço, publicamos o making of do processo, com vídeos das conferências preparatórias, uma biblioteca de referências com tudo que lemos, assistimos e vimos, além de posts especiais com o que estamos falando pelas redes e em nossas reuniões.