Em 2013, quando os povos indígenas se manifestaram com bandeiras e tinta vermelha sobre cabeças e corpos dos personagens do Monumento às Bandeiras, a maior parte dos meios de comunicação traduziu a ação como puro vandalismo, porém para os povos indígenas, a intervenção foi um ato simbólico de transformação do monumento: esta obra de arte que representa a morte para os indígenas, através da tinta vermelha, tornou corpos e espíritos livres. Pelo menos por um dia a “pedra sangrou”.
De forma diversa, a tinta vermelha foi utilizada no Pateo do Colégio em 2018, quando na fachada do edifício foi escrito “Olhai por nós”. Novamente a ação foi considerada pela imprensa mais um ato de vandalismo. Para os artistas do M.I.A, o ato de escrever dava visibilidade à situação dos moradores de rua e dos indígenas que tem neste lugar suas memórias violadas.